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| Sem-terra seguem mobilizações em Alagoas |
Lideradas pelo Movimento Via de Trabalho (MVT), 60 famílias ocuparam, na manhã deste sábado (9), a fazenda Nória, próxima ao posto da Polícia Rodoviária Federal, em Riacho Doce. A ocupação faz parte da Mobilização Nacional em defesa da Reforma Agrária e contra a violência no Campo, deflagrada no último dia 5 de março.
De acordo com o coordenador do MVT no Estado, Marco Antônio da Silva, o Marrom, a fazenda Nória tem uma área de pelo menos 160 hectares. Marrom explicou que o local está abandonado e tomado pelo mato.
Com a ocupação, o MVT espera chamar a atenção do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou Instituto de Terra e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) para que um dos órgãos possa fazer vistoria no local e incluir a fazenda Nória como área para Reforma Agrária.
“Seguimos com as ocupações como parte da Mobilização Nacional e estamos aqui na fazenda Nória, um local de 160 hectares e totalmente abandonado, tomado pelo mato e todo tipo de sujeira. Temos aqui 60 famílias que não têm terra para plantar e tirar o sustento. Ocupamos e agora esperamos que Incra e Iteral façam a vistoria e a fazenda passe a integrar o programa de Reforma Agrária”, explicou Marrom.
Ainda segundo o líder do MVT em Alagoas, o clima no Estado entre os sem-terra e o Governo é bastante tenso. Marron afirma que homens e mulheres do campo têm sido tratados como marginais.
“A Reforma Agrária tem sido tratada pelo Governo Federal e de Alagoas com total descaso. Por isso, o clima tem se tornado bastante tenso e não sabemos o que pode acontecer no futuro. Nós queremos discutir o assunto de uma maneira clara, transparente e, sobretudo, mostrar às autoridades que não é só entregar os acampamentos. Precisamos ter os acampamentos, mas com visão social e infraestrutura. Para se ter ideia, há famílias já assentadas com mais de dez anos em suas terras, mas vivem na miséria porque não há condição para sobreviver com dignidade, abandonados”, explicou Marrom.
Em Alagoas, segundo o diretor do MVT, há oito mil famílias assentadas – que já conseguiram suas terras – e outras 10 mil que estão espalhadas em acampamentos, ainda buscando local para se estabelecer.
Fonte: http://tnh1.ne10.uol.com.br/noticia/interior/2013/03/09/234347/cerca-de-60-familias-de-movimento-sem-terra-ocupam-fazenda
Postado por:
Euclides Avila
Coordenador de Comunicação,
Aposentados e Pensionistas.

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