sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Com 51 mortes por diarreia, secretário diz que AL voltou ao século XIX


Com mais de 80 mil casos e 51 mortes causadas por diarreia desde maio, o secretário de Estado da Saúde, Jorge Villas Bôas, afirmou, nesta quinta-feira (1º), durante coletiva, que "Alagoas voltou ao século XIX". Foram 29 idosos e 19 crianças mortas por conta da doença. Segundo o gestor, ainda existem 16 municípios com epidemia de diarreia em Alagoas, mas esse número chegou a 25.

“É inadmissível, que em pleno século 21, ainda morram pessoas por conta de diarreia. Alagoas voltou ao século 19 e agora, com as medidas preventiva que estão sendo adotadas, estamos avançando para o século 21”, destacou o secretário.

De acordo com ele, não é justo colocar a culpa pelas mortes por diarreia nos atendimentos médicos feitos nos municípios, tendo em vista que a doença deve começar a ser tratada em casa. Ao ser questionado sobre o baixo número de mortes ocorridas no estado de Pernambuco por conta da diarreia, Villas Bôas disse que o quantitativo divulgado pode não ser condizente com a realidade. 

No estado vizinho, foram registrados 130 mil casos da doença, número superior aos ocorridos em Alagoas. Apesar disso, foram registradas apenas seis mortes. 

“Os óbitos podem acontecer e não serem registrados. Existe, por exemplo, município alagoano com mortalidade infantil zero. Será que ele possui a saúde no padrão da Suíça?”, questionou, ressaltando que a Sesau tem buscado semanalmente, junto aos municípios, atualizar o número de casos de diarreia ocorridos em Alagoas.

Acompanhado da superintendente Estadual de Vigilância em Saúde, Sandra Canuto, Villas Bôas afirmou ainda que, há um mês, o número de casos de diarreia vem caindo no Estado. Disse também que a doença está sendo provocada por uma série de fatores, e não só pela má qualidade da água consumida, como havia sido divulgado. 

“O número de casos da doença está em declínio e se estabilizando há quatro semanas. Ainda existe risco de morte, mas agora ele é menor. Não podemos dizer que há somente uma causa. Além da água, existem também os agentes etiológicos”, disse.

Em todo o ano de 2012, foram registrados no Estado 45.633 casos da doença, contra os 80.320 ocorridos até o último dia 30 de julho, o que representa um aumento de 76%. Os municípios mais afetados pelo surto em 2013 foram Palmeira dos Índios, Estrela de Alagoas e Santana do Ipanema.

Postado por: Euclides Avila - Coordenador de Comunicação.

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