Rio de Janeiro - Apresentar aos alunos a diversidade musical brasileira e promover a cultura são desafios do ensino obrigatório de música nas escolas. Para discutir orientações para a aplicação da Lei 11.769, que instituiu a determinação, especialistas no tema se reúnem na capital fluminense entre hoje (23) e amanhã (24). As discussões serão sintetizadas em uma minuta que deve ser transformada em livro.
A expectativa é que o encontro permita definir e sistematizar
proposta para a implementação da norma, promulgada em 2008, mas que
aguarda normatização do Conselho Nacional de Educação (CNE). De acordo
com a representante do Ministério da Educação no evento, Jaqueline Moll,
uma diretriz para prática deve ser liberada ainda este ano, orientando
escolas e professores.
A Lei 11.769,
originalmente, dá prazo de três anos, contados a partir da promulgação,
para que os sistemas de ensino fossem adaptados, período já vencido.
Os principais desafios para o ensino da modalidade passam pela
formação e a contratação de professores, segundo o coordenador da Escola
de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos
organizadores do evento, Celso Ramalho. “Temos que pensar na ausência de
músicos com cursos de licenciatura e na capacitação de mestres
populares”, sugeriu.
Além disso, confirma que é necessário ter uma orientação sobre a
quantidade de aulas, conteúdo e interdisciplinaridade. “Cada localidade
precisa arbitrar sobre isso [aplicação da lei], mas aqui faremos
proposições, inclusive de se respeitar os saberes locais. Não posso
querer ensinar a [Escola de Samba] Mangueira a fazer samba”, acrescentou
Ramalho.
A ausência de uma orientação para que as aulas atendam à diversidade
musical brasileira também preocupa, disse a diretora da Secretaria de
Políticas Culturais do Ministério da Cultura (MinC), Juana Nunes, no
evento. “É fundamental que o modelo seja de pluralidade”, argumentou.
“Não queremos só orquestras, mas a cultura popular e de rua, queremos
que reflita nossa riqueza”, disse a diretora.
Para incentivar as escolas a oferecer as aulas de música, o governo
reviu as práticas de compra de instrumentos musicais e deve criar a
chamada Universidade das Artes para treinar professores e orientar
artistas populares para que possam se tornar instrutores. O MinC também
lançou edital para financiar a parceria entre escolas e grupos
culturais, de até R$ 22 mil mensais.
Fonte: http://www.jornalbrasil.com.br.
A Lei 11.769,
originalmente, dá prazo de três anos, contados a partir da promulgação,
para que os sistemas de ensino fossem adaptados, período já vencido.
Os principais desafios para o ensino da modalidade passam pela
formação e a contratação de professores, segundo o coordenador da Escola
de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos
organizadores do evento, Celso Ramalho. “Temos que pensar na ausência de
músicos com cursos de licenciatura e na capacitação de mestres
populares”, sugeriu.
Além disso, confirma que é necessário ter uma orientação sobre a
quantidade de aulas, conteúdo e interdisciplinaridade. “Cada localidade
precisa arbitrar sobre isso [aplicação da lei], mas aqui faremos
proposições, inclusive de se respeitar os saberes locais. Não posso
querer ensinar a [Escola de Samba] Mangueira a fazer samba”, acrescentou
Ramalho.
A ausência de uma orientação para que as aulas atendam à diversidade
musical brasileira também preocupa, disse a diretora da Secretaria de
Políticas Culturais do Ministério da Cultura (MinC), Juana Nunes, no
evento. “É fundamental que o modelo seja de pluralidade”, argumentou.
“Não queremos só orquestras, mas a cultura popular e de rua, queremos
que reflita nossa riqueza”, disse a diretora.
Para incentivar as escolas a oferecer as aulas de música, o governo
reviu as práticas de compra de instrumentos musicais e deve criar a
chamada Universidade das Artes para treinar professores e orientar
artistas populares para que possam se tornar instrutores. O MinC também
lançou edital para financiar a parceria entre escolas e grupos
culturais, de até R$ 22 mil mensais.
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