sexta-feira, 7 de dezembro de 2012


Câmara adia votação do fim do fator previdenciário para 2013
Apesar da pressão de centenas de deputados e sindicalistas, a votação do projeto de lei que acaba com o fator previdenciário foi adiada para o próximo ano. A decisão foi tomada hoje (4) em reunião do presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), com os líderes partidários. A decisão se deveu à dificuldade de se construir um acordo com o governo que evite o veto à proposta.
Apesar de contar com o apoio da maioria dos deputados, o fim do fator previdenciário esbarra na possibilidade de veto presidencial por causa da possibilidade de uma enxurrada de ações judiciais de aposentados e pensionistas que tiveram seus benefícios reduzidos pelo dispositivo criado durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Cálculos do Executivo estimam em cerca de R$ 70 bilhões o passivo que pode ser criados a partir dos questionamentos judiciais.
Para tentar costurar um acordo que viabilize a aprovação do fim do fator previdenciário, Marco Maia decidiu criar uma nova comissão especial para discutir todo o sistema previdenciário do país. A comissão pode iniciar os trabalhos ainda este ano, e deve apresentar um parecer até o final do primeiro semestre do ano que vem.
PEC das trabalhadoras domésticas avança no Congresso Nacional
Após sucessivas mobilizações dos/as trabalhadores/as domésticos/as e pressão sobre o Congresso Nacional, o Plenário da Câmara aprovou nesta terça (4), em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição 478/10, conhecida como PEC das trabalhadoras domésticas, que assegura a estas trabalhadoras e demais trabalhadores em residências a extensão de 16 direitos garantidos àqueles contratados em regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Entre os direitos estabelecidos estão a jornada de trabalho de 44 horas semanais, o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o pagamento de seguro-desemprego, hora extra, adicional por trabalho noturno e auxílio-creche.
Creuza Oliveira, presidenta da Fenatrad (Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas), que representa mais de 8 milhões de trabalhadores/as, considera a aprovação da PEC um importante avanço, a reparação de uma injustiça histórica acometida sob a categoria. Projetos sobre os direitos das trabalhadoras domésticas tramitam no Congresso Nacional desde a Constituição Federal de 1988. A PEC 478, especificamente, tramita na Câmara desde 2010.
Fonte: AGÊNCIA BRASIL

Postado por: Tita do Sindicato

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