sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Samu decide encerrar paralisação


Tribunal de Justiça prometeu intermediar reunião com a Sesau; servidores querem R$ 500 de gratificação

Em uma reunião intermediada pelo Poder Judiciário junto com a Secretaria de Estado da Saúde, agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) decidiram na noite desta quinta-feira (23) acatar decisão judicial e encerrar a greve da categoria que durou sete dias. O encerramento da paralisação se deve a um ‘acordo de cavalheiros’ firmado entre a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a presidência do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). 
Os servidores do Samu têm três principais reivindicações: gratificação de R$ 500,00; melhores condições de trabalho e alimentação. As solicitações já vem sendo feitas ao governo do estado há mais de um mês, todavia, segundo a diretoria da entidade, nenhuma mesa de negociação foi montada com representantes do Poder Executivo. 
“Estivemos nesta quinta no Tribunal de Justiça, entregamos um ofício ao presidente Sebastião Costa Filho e, em seguida, ele nos devolveu um documento se comprometendo a ser mediador no encontro com a Sesau. Na próxima terça-feira (28), vamos agendar esse encontro com a Secretaria e tentar chegar a um acordo”, informou Cláudio Wagner, presidente do Sindicato. 
“Quero deixar claro que, nossa decisão se deve ao respeito e confiança que temos no presidente do TJ/AL, que solicitou a nossa volta e garantiu que mediará a negociação e, claro, por causa da população que precisa do nós. Por tudo isso, a maioria votou pelo fim da greve e o Samu voltou a atuar normalmente a partir das 19h desta noite de quinta-feira”, explicou o sindicalista. 

As reivindicações 

O Samu vem lutando por três principais causas. “Queremos a implantação de uma gratificação de R$ 500 reais. Há estados que pagam R$ 600 e fazem apenas o atendimento de traumas e acidentes. Aqui em Alagoas a realidade é diferente e o Samu também atende a parturientes, pacientes psiquiátricos e até a usuários de drogas. Queríamos R$ 1 mil, mas já voltamos atrás e reduzimos esse valor para a metade”, declarou Cláudio Wagner. 
“Também precisamos de ambulâncias sem forros danificados, sem o odor do óleo diesel entrando para dentro da viatura e, principalmente, com ar-condicionado. As autoridades têm que alertar para o fato de que, com as janelas abertas, a sujeira da rua entra no veículo e pode chegar até o paciente que está em estado debilitado. Além do que, o soro perde a sua capacidade de tratamento quando esquenta por conta do calor”, esclareceu Cláudio. 
O Samu esteve em greve por sete dias, e durante este período 40% dos serviços foram mantidos. De acordo com Sandro Monteiro, membro da diretoria do sindicato, no momento 8 carros do Samu estão rodando na cidade. “Outros quatro carros vindos do interior do estado também estão trabalhando em Maceió, nós queríamos que os carros permanecessem e os agentes do interior pudessem retornar, mas o governo estadual afirma que eles estão recebendo para trabalhar no nosso lugar a noite, por isso, por enquanto irão continuar, encerrou Sandro.

Fonte: Gazetaweb.com

Postado por: Tita do Sindicato


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