sexta-feira, 30 de setembro de 2011

MÉDICOS ALAGOANOS REUNEM-SE EM ASSEMBLEIA GERAL E DECIDEM PARALISAR PSF EM 54 MUNICÍPIOS

Greve não atingirá Maceió, que já tem um Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos para os médicos


Os médicos do Programa Saúde da Família em 54 dos 55 municípios abrangidos pela Recomendação nº 06/GNK/PRAL/2010, de 13 de março de 2011, que trata do cumprimento da carga horária de 40 horas semanais pelos profissionais do PSF, decidiram em assembleia geral, na noite desta terça-feira (27), entrar em greve a partir do dia 3 de outubro, segunda-feira. O objetivo é pressionar os gestores a negociarem um salário compatível com a carga horária de 40 horas, que as secretarias municipais de saúde passaram a exigir, atendendo recomendação do Ministério Público Federal. Dos municípios abrangidos pela recomendação, apenas Maceió não terá greve no PSF.

O auditório do Sinmed ficou lotado de médicos que alegam não ter como cumprir a carga horária, a não ser que passem a receber um salário compatível de forma a não precisarem de outro emprego para complementar a renda. Caso não haja negociação e os salários atuais sejam mantidos, os médicos já decidiram que vão deixar o PSF.

Na última segunda-feira, o presidente do Sinmed, Wellington Galvão, participou de reunião na Associação dos Municípios Alagoanos, e propôs que as prefeituras implantassem um PCCV para a categoria médica, de forma a tornar a carreira de médico atrativa e com um salário compatível. Os prefeitos rechaçaram a ideia, alegando falta de recursos. Confirmaram porém que iriam exigir o cumprimento das 40 horas, para atender à determinação do MPF.

"Se isso acontecer mesmo - e deve acontecer - os médicos que ainda atuam em PSF vão deixar o programa", alertou o presidente do Sinmed, antecipando a decisão que seria anunciada na noite desta terça-feira, durante a assembleia. Os médicos exigem salário de R$ 18.376,44, que é o piso salarial nacional defendido pela FENAM para carga horária de 40 horas semanais.

A categoria está aberta à negociação. Terça-feira que vem (dia 4 de outubro) haverá uma nova assembleia, quando os médicos deverão decidir quanto tempo vão se manter em greve, até o pedido de demissão coletiva, caso não haja, realmente, nenhuma negociação com acordo satisfatório.

Fonte
Ascom Sinmed


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