quinta-feira, 18 de abril de 2013

MOVIMENTOS INVADEM RUAS DE MACEIÓ CONTRA TEOTONIO VILELA


Jornada de Lutas em Defesa de Alagoas está marcada para acontecer às 09h, na Sinimbu; categoria condena postura do Estado

Movimentos sociais e organizações sindicais, populares e partidárias vão às ruas de Maceió, nesta quinta-feira (18), com a intenção de protestar contra descasos do governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB). A categoria atribui total responsabilidade ao caos instalado em Alagoas, desde o início de sua gestão, seja nas áreas da saúde, educação e segurança. 

Além das entidades sociais, cerca de 2.500 trabalhadores do campo e da cidade prometem engrossar o manifesto, marcado para as 9h, na Praça Sinimbu, no Centro. Eles são provenientes de várias regiões do Agreste, Sertão e Alto Sertão, com destaque para os movimentos sem-terra que lutam há anos pela reforma agrária e denunciam o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de ter desviado verba de R$ 6 mil destinada à construção de casas para milhares de assentados.

Na semana passada, o portal Gazetaweb noticiou a ocupação de 180 famílias nas terras do Loteamento Alto Sertão, situado na cidade de Jequiá da Praia. O manifesto contemplou quatro movimentos sem-terra, dentre eles, Via do Trabalho (MVT), Luta pela Terra (MLT), Unidos pela Terra (MUT) e Terra, Trabalho e Liberdade (MTL). Mais de 1.600 imóveis deveriam ter sido destinados a trabalhadores rurais, pescadores e marisqueiras do município e de outras regiões do Estado. 

Os movimentos afirmam que não estão inertes à truculência do governo em mandar a polícia despejar milhares de trabalhadores rurais, da privatização do abastecimento de água no interior ou ainda aos ataques à organização sindical dos professores. As categorias lutam por um desmonte do bem público. O ato será encampado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) – em nível nacional -, e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE).

Para as lideranças, faltam políticas estruturantes nos campos da cultura, do desenvolvimento urbano e de diversas outras áreas. Contudo, onde se tem sofrido as piores mazelas são nos contextos da saúde, educação e segurança pública. Segundo os manifestantes, o governador continua o processo de privatização da saúde através de Organizações Sociais (OSs), trata com truculência e práticas antissindicais os trabalhadores da educação e tem frequentemente utilizado as tropas para tirar famílias das terras onde cultivam, ao invés de cuidar da segurança da população.

Após o primeiro ato, uma programação de mobilizações e debates está prevista até o dia 1º de maio. Na próxima quarta (24), será iniciada a Semana Social Alagoana, com a presença de Frei Beto às 19h, no Teatro Marista, no Farol. Encerrando a Semana, que compõe a Jornada, no dia 26, está convocado o ato “O Estado que temos não é o Estado que queremos”, às 9h, com concentração na Praça Deodoro.

Encerrando o primeiro ciclo de mobilizações, haverá mais um grande ato no dia 1º de maio (Dia do Trabalhador), na orla de Jatiúca. Participam dessa jornada sindicatos, movimentos de luta pelo direito ao acesso à terra, centrais sindicais, diversos partidos políticos e movimentos culturais e populares da capital e do interior.


Postado por: TITA do Sindicato



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