O chão dos assentamentos Fidel Castro e Agrisa foram banhados em sangue,
na noite da Quarta-feira de Cinzas. Dois assentados da reforma agrária
tombaram a tiros, na zona rural de Joaquim Gomes, a 70 km de Maceió. A
Polícia Civil acredita que apesar de as vítimas terem sido mortas em
locais e momentos distintos, os crimes estão relacionados, isso porque
foram praticados pelos mesmos autores: dois homens não identificados,
que fugiram em um veículo Corolla de cor prata, placa não anotada.
Os movimentos sociais que atuam em favor da reforma agrária descartam
que o duplo homicídio possua ligação com a disputa de terras em Joaquim
Gomes, mas denunciam o aumento da violência em razão do tráfico de
drogas que aflige, também, a zona rural no Estado de Alagoas.
“Todos os movimentos que atuam na região já vinham denunciando à
Secretaria de Defesa Social (Seds) o clima de violência e os casos
frequentes de assaltos, roubos, drogas e assassinatos. No dia 14 de
março do ano passado, o companheiro Antônio Júnior foi morto no mesmo
lugar, na porta de casa, em plena luz do dia”, declarou o coordenador
estadual do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Josival
Oliveira.
Na última quarta-feira, foram assassinados Antônio Victor dos Santos, 46
anos, conhecido como 'Fanta', e, momentos depois, José Vicente da
Silva, o 'Cabeça', 53. Fanta foi morto por volta das 18h30, na Rua do
Escritório, antiga sede da extinta Usina Agrisa. Os dois assassinos
estacionaram o carro em frente à casa dele, onde também funciona um bar.
Um deles saiu do veículo e chamou a vítima pelo nome.
"O cara disse que queria comprar o carro dele. Os dois apertaram as mãos
e, quando o Fanta deu as costas para pegar as chaves do veículo, levou o
primeiro tiro. Depois foram mais três tiros, todos na cabeça", contou
Maiara Goes, enteada da vítima. Ela lembrou que apenas a esposa de Fanta
estava em casa no momento do crime.
Fonte: http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=334165&e=12
Postado por: Tita do Sindicato
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